sábado, 29 de março de 2008

Arroz diverso


Se o novo disco dos Roots tiver mais cinco, seis faixas deste calibre, compro-o (e esqueço a "Birthday Girl"). Ou muito me engano, ou o Wale vai ter este ano só para ele. E merece, depois de uma porradona de mixtapes, de ser presença frequente em sets do Nick Catchdubs, de ter feito algo tão bom como "Nike Boots" e genial como "Good Girls" e de, vá lá, ter partilhado uma capa da URB com os Justice. Não precisa de provar mais nada.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Soluços

Por que razão é que, no geral, os vídeos subvalorizam as próprias canções? Tinha na ideia, por exemplo, que a "Speedin" do Rick Ross com o R. Kelly era péssima e, agora que a arranjei, soa incrivelmente bem. Experimentei fazer o inverso: peguei no mesmo tipo e, tendo já a "The Boss" com o T-Pain na ponta da língua (dos ouvidos), vi o vídeo e, hm, achei-a medíocre. Ou então sou eu que sou picuinhas.

Unhas


Disco a solo do RZA este Verão. Para já, "You Can't Stop Me Now" é aborrecida para caraças. É um tema chato, mesmo que o flow fresco o disfarce. Se há coisa terrível no mundo é uma canção estar demasiado presa e dependente do sample que usa. Ainda para mais, quando ele é mal escolhido. Neste caso, cansa e chega a enervar. O Raekwon e o Ghostface já o haviam dito: o RZA (ou Bobby Digital) está perto de um grave estado de demência. Muito perto.

quarta-feira, 5 de março de 2008

Casa seca


Não sei muito bem explicar o meu ódio pessoal aos Klaxons. Vi-os acidentalmente no Super Bock Super Rock, onde deram um concerto em loop repulsivo, conheço os singles pobrezinhos e cheguei à conclusão que as aparições que fizeram em bares underground de Londres serviram apenas para as pessoas (os putos) voltarem a usar a fluorescência do acid house. E são daquele tipo de bandas que, à falta de inspiração, gostam de dizer que não sabem tocar nenhum instrumento e que fazem música para satisfazer almas. Isso não chega. Ainda para mais, falo de uma que actuou com a Rihanna nos Brit Awards. Foi péssimo. Para além de a estética monstruosa igual à dos espectáculos dos Daft Punk não se enquadrar, a consistência que se espera num cruzamento de duas canções de diferentes artistas não existe. Este segundo ponto é óbvio quando a Rihanna está num plano de vantagem em relação aos Klaxons. Parece que montaram uma muralha invisível que os separa e descontextualiza, descaradamente visível a partir dos 03:18. No caso dos Klaxons, denota-se farsa e desleixo, pormenores que são escondidos em disco (a Mentira) mas facilmente denotáveis em palco (a Verdade). São tudo factos. Puros. E, bom, acho que são suficientes.